
A recuperação da economia brasileira ainda não acontecerá em 2015. Segundo estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o mercado de trabalho deve continuar estagnado este ano, com taxa de desemprego chegando a 7,1%, acima da média da América Latina que é de 6,8%.
Em janeiro, o boletim Focus, do Banco Central, que traz estimativas das principais instituições financeiras, previa um crescimento de 0,13% para o PIB brasileiro neste ano, um reflexo da desaceleração econômica que já provoca queda nas contratações e demissões na indústria e na construção civil.
Com a crise, mais brasileiros estão perdendo seus empregos enquanto que a competição pelas vagas disponíveis está cada vez mais acirrada. Está mais difícil conseguir um novo emprego com um salário maior.
Embora a desaceleração do mercado seja uma realidade, ainda há setores que estão resistindo à crise, gerando emprego, mesmo que em ritmo mais lento.
Setores com oportunidades apesar da crise
A seguir, apresentamos uma lista com alguns setores que, mesmo em plena crise, ainda geram empregos e oferecem oportunidades para bons profissionais.
Tecnologia
Apesar da crise, empresas de tecnologia têm conseguido manter o crescimento e gerar emprego com bons salários. O salário de um Diretor de TI, por exemplo, pode ultrapassar os R$ 17 mil.
A necessidade de investimento em tecnologia por empresas de todos os setores mantém a demanda por profissionais de tecnologia.
O maior número de oportunidades na área são para Desenvolvedores, Programadores e Analistas/Técnicos de Suporte.
Saúde
O setor é favorecido pelo envelhecimento da população brasileira e o maior acesso a planos de saúde privado, além de ser uma área em que muitas famílias evitam fazer cortes mesmo obrigadas a enxugar o orçamento.
O segmento representa atualmente 10% do PIB e deve continuar a atrair investimentos.
Muitas oportunidades para farmacêuticos e profissionais de logística nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Educação
Um segmento que atrai muitos investimentos devido à exigência de um aporte inicial relativamente baixo se compararmos com a construção civil ou exploração de petróleo.
No longo prazo as perspectivas são de crescimento. O setor apresenta oportunidades em funções acadêmicas e administrativas.
Seguros e Setor Financeiro
A demanda por profissionais da área financeira continua em alta, principalmente para aqueles que possuem um conhecimento mais amplo dos negócios e que sabem como reduzir custos e ampliar vendas.
No setor há também uma demanda crescente por profissionais da área de Compliance (que cuida dos controles e regras de transparência), devido aos recentes escândalos internacionais.
Apesar do aumento dos índices de inadimplência, o setor de seguros e os bancos estão resistindo bem à desaceleração da economia. A Confederação Nacional das Empresas de Seguros projeta um crescimento de 12,4% para o setor em 2015.
Vendas
O profissional de vendas é quem pode fazer a diferença em tempos de crise, por isso, há uma grande procura por aqueles que conseguem trazer resultado nessa área para empresas de todos os segmentos.
O comércio varejista, em especial o de cosméticos, alimentos e higiene pessoal, não deve sofrer de imediato os impactos do fraco crescimento.
Profissionais de Finanças, Vendas, Tecnologia e Marketing de Estratégia ainda encontram espaço nesse setor.
Agronegócios
O agronegócio ainda deve ter um desempenho melhor que o resto da economia. Entre os setores que estão crescendo estão a produção de carnes e os produtos florestais.
O crescimento da safra, aumento das exportações e a desvalorização do real contribuem para o crescimento.
Executivos de finanças e gerentes de desenvolvimento encontram as melhorar oporunidades no setor.
É hora de mudar de emprego?
Em tempos de estagnação econômica as empresas estão buscado profissionais mais experientes e versáteis, o que aumenta as chances daqueles que possuem tais características.
Fluência em outros idiomas e especializações em uma determinada área de atuação são vantagens significativas.
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Na área de TI por exemplo, profissionais com habilidades como gestão e comunicação têm um bom diferencial. Na engenharia, aqueles que ainda na faculdade começaram a estagiar ou participaram de programas de trainee já largam na frente.
Antes de optar por uma mudança de área, o profissional dos setores que estão em alta precisa ter em mente que a maioria dessas transições não possuem perspectiva de aumento salarial.
Na hora de considerar uma mudança de emprego, é preciso ponderar outros pontos, como a situação em que empresa se encontra, o plano de carreira oferecido e como ela investe nos profissionais.
Antes de buscar um novo emprego, identifique o que realmente está motivando o seu desejo de mudança. Se a motivação for salário, você deve estar ciente de que hoje está mais difícil uma mudança com ganhos salariais significativos.
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Psicóloga especialista em recrutamento e seleção com mais de 12 anos de experiência.