O coeficiente emocional é um termo em evidência hoje em dia. Mas, ainda é comum encontrar profissionais bem qualificados que desconhecem a importância deste assunto.
O pensamento de que um profissional é contratado por sua capacidade técnica mas demitido por seu comportamento em médio e longo prazo é um bom exemplo disso.
Portanto, como este tema é relevante para uma carreira de sucesso, vamos falar sobre o coeficiente emocional.
Você vai entender o conceito, os pilares da inteligência emocional, como medir e como melhorar o seu coeficiente emocional.
O que é quociente emocional?
O QE (Quociente Emocional) é um complemento dos estudos sobre QI (Quociente de Inteligência).
Ou seja, o termo define a capacidade intra e interpessoal de cada indivíduo lidar com as emoções de forma sábia.
De acordo com o escritor Daniel Goleman, é mais importante saber lidar com as emoções do que processar informações e possuir uma excelente bagagem técnica.
Em resumo, controlar as emoções é mais importante que ter vasto conhecimento técnico.
Inteligência emocional é mais importante que QI?
Para Goleman, todo o sucesso obtido por um profissional tem 80% de contribuição do QE. Os 20% restantes são por conta do QI.
Sua afirmação sobre o assunto deixa claro um ponto importante, mas que muitos profissionais não valorizam.
Ou seja, não adianta possuir um conhecimento técnico acima da média se as emoções e relações com outras pessoas forem ruins.
Veja Também: Inteligência emocional é mais valorizada que QI
O conceito de quociente emocional criado por Goleman é uma das maiores contribuições sobre o assunto. Afinal, isso corrobora e engloba importantes pesquisas e estudos realizados nesta área.
Goleman publicou em 1995 o best seller Emotional Intelligence, uma referência sobre inteligência emocional muito utilizada até hoje.
O tema se popularizou a partir do best seller de Goleman. Além disso, a linguagem atrativa e acessível utilizada pelo autor também ajudou.
Pilares da inteligência emocional
Seguindo o modelo clássico sobre coeficiente emocional estabelecido por Goleman, há 5 pilares da inteligência emocional que devem ser explorados.
Os três primeiros são de ordem intrapessoal e os últimos de ordem interpessoal. Veja quais são:
1. Ter conhecimento de suas emoções
No primeiro pilar é fundamental que o indivíduo possua autoconsciência de sua capacidade de assimilar emoções e entender o básico sobre o mecanismo envolvendo suas emoções.
2. Saber controlar suas emoções
O conceito de autorregulação do estado emocional é firmado no segundo pilar. Essa é a habilidade do indivíduo de gerenciar seus sentimentos o melhor possível.
3. Automotivação
A motivação que parte do próprio indivíduo é importantíssima e funciona como um combustível para viver e trabalhar.
Mas, por estar ligada diretamente às emoções, é uma etapa que deve ser trabalhada com sabedoria.
4. Empatia
Saber se posicionar e se pôr no lugar do próximo é uma das principais qualidades de uma pessoa.
Mas, para Goleman, esse conceito é ainda mais profundo e deve considerar que as pessoas ao seu redor também estão aprendendo a lidar com as emoções delas.
5. Focar no relacionamento interpessoal
Você deve trabalhar as relações humanas com sabedoria, sempre visando a superação mútua de obstáculos.
Então, já que essas relações humanas são uma necessidade, elas devem ser construídas visando o bem geral de todos os envolvidos.
Coeficiente emocional vs Coeficiente intelectual
A inteligência emocional é a habilidade de uma pessoa reconhecer e operar seus sentimentos e emoções e também os sentimentos e emoções de outras pessoas.
Portanto, saber gerir os sentimentos, emoções e relações humanas respeitando as outras pessoas, define uma pessoa que possui inteligência emocional.
Já o QI (Quociente Intelectual) é definido por um conjunto de testes padronizados que conseguem mensurar a capacidade cognitiva de um indivíduo.
Esse é considerado um dos aspectos da inteligência humana. Afinal, a inteligência de um ser humano engloba o emocional e o intelectual.
O teste mais promissor para mensurar a inteligência intelectual de alguém é o teste de QI.
Como medir o coeficiente emocional?
Atualmente é possível fazer testes para medir a inteligência emocional. Além disso, é possível estabelecer o grau de evolução dessa área em cada pessoa.
O teste é portanto, uma ótima oportunidade de autorreflexão. Ou seja, ele indica a capacidade de uma pessoa lidar com suas emoções e gerenciar críticas com resiliência.
Mas empresas também investem nos testes. Por isso os recrutadores utilizam testes na fase de avaliação de candidatos.
Você pode fazer testes através de sites especializados e aplicativos.
Veja Também: Teste de Personalidade Gratuito
O aplicativo “Inteligência Emocional” é um bom exemplo. Ele ajuda a mensurar a inteligência emocional de uma pessoa de forma simples e intuitiva.
Há também aplicativos como o Happify, Brain.fm e o Sanvello. Estes são boas opções para ajudar a gerenciar a saúde mental no trabalho.
Mas o melhor é buscar uma avaliação séria com especialistas sobre o assunto. Existem psicólogos especializados nesta categoria de avaliação.
Isso irá fornecer uma avaliação muito mais confiável. Além disso, é possível fazer um acompanhamento do grau de evolução de sua inteligência emocional.
Como melhorar o coeficiente emocional?
Por fim, é possível avaliar e desenvolver a inteligência emocional com mudanças de comportamento programadas.
Sendo assim, veja como melhorar o coeficiente emocional colocando em prática 10 atitudes simples:
- Observe seu comportamento diariamente;
- Busque dominar suas emoções;
- Trabalhe as emoções negativas;
- Eleve o grau de autoconfiança;
- Saiba lidar com a pressão psicológica;
- Não tenha medo de expor seus sentimentos;
- Esbanje empatia;
- Seja alguém resiliente;
- Formule uma resposta com reflexão em vez de somente reagir;
- Explore e respeite seus limites.
Ficou com alguma dúvida sobre o coeficiente emocional? Então deixe um comentário que responderemos.
Psicóloga especialista em recrutamento e seleção com mais de 15 anos de experiência.